Live Goldies: como proteger a visão dos idosos

Introdução: A Visão na Maturidade e a Urgência da Prevenção

A visão é um dos sentidos mais preciosos, e sua manutenção é fundamental para a autonomia e qualidade de vida em todas as fases da vida, especialmente na terceira idade. Com o passar dos anos, nossos olhos, assim como o restante do corpo, passam por transformações que os tornam mais suscetíveis a certas condições e doenças. Em uma live esclarecedora, o oftalmologista e sócio médico da Goldies Saúde Integrada, o Dr. Rodrigo Barros, dedicou-se a desvendar as principais doenças oftalmológicas que acometem indivíduos com mais de 50 anos. O Dr. Barros conduziu a apresentação de forma didática, utilizando um modelo do olho para explicar as patologias que acometem cada parte do olho humano. Ele enfatizou a importância de entender essas condições e, crucialmente, de buscar o diagnóstico e tratamento precoces para preservar a visão e o bem-estar. Este artigo aprofundará as dicas compartilhadas pelo Dr. Barros, oferecendo um guia completo sobre as patologias oculares mais comuns na maturidade e a relevância de um cuidado proativo.

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Goldies: Apoio na Gestão da Saúde Ocular e Geral do Idoso

Antes de mergulhar nos detalhes das doenças oculares, o Dr. Barros apresentou a Goldies como uma solução de apoio proativo para filhos, cuidadores e os próprios idosos no dia a dia de cuidados de saúde e bem-estar de idosos. O aplicativo da Goldies permite guardar exames, lembrar de consultas e do momento de tomar remédios, facilitando o acompanhamento e a gestão da saúde do idoso como um todo, garantindo um controle mais eficaz e tranquilo. Essa ferramenta se mostra essencial para centralizar as informações e otimizar os cuidados de saúde, inclusive o oftalmológico.

A Abordagem do Oftalmologista: Idade como Guia

O Dr. Barros explicou sua abordagem no consultório: a idade do paciente é o primeiro e mais importante indicativo. Ao analisar a ficha de um paciente, ele já raciocina sobre as doenças mais prováveis para aquela faixa etária. Por exemplo, pacientes com cerca de 40 anos costumam apresentar presbiopia (vista cansada). No entanto, para aqueles com mais de 50 anos, a atenção se volta para doenças mais complexas, como a retinopatia diabética, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), o glaucoma e a catarata. Essa triagem inicial direciona a anamnese e os exames, buscando um diagnóstico preciso.

Anatomia do Olho: Uma Breve Visão para Entender as Doenças

Para facilitar a compreensão, o Dr. Barros utilizou um modelo do olho, comparando-o a uma máquina fotográfica antiga. Ele descreveu as principais estruturas:

• Córnea: a lente maior e transparente na parte frontal do olho.

• Cristalino: outra lente, um pouco menor que a córnea, localizada atrás dela.

• Íris/Pupila: o sistema de foco (diafragma da câmera) que controla a entrada de luz.

• Retina: o “filme” do olho, a parte sensorial onde a imagem é formada.

• Nervo Óptico: o “cabo” que envia a imagem da retina para o cérebro.

As doenças oculares podem afetar qualquer uma dessas estruturas, comprometendo a visão de diferentes maneiras.

As Principais Doenças Oftalmológicas em Seniores (Acima de 50 Anos)

O Dr. Barros detalhou as condições mais comuns, começando pela parte posterior do olho (retina e nervo óptico):

1. Retinopatia Diabética: O Impacto do Diabetes na Visão

A retinopatia diabética é uma consequência grave do diabetes descontrolado, afetando os pequenos vasos sanguíneos da retina. O Dr. Barros alertou que pacientes diabéticos precisam de acompanhamento oftalmológico intenso desde o diagnóstico. O diabetes danifica esses microvasos, causando microaneurismas que podem estourar e provocar sangramentos na retina. Em casos avançados, o sangramento pode invadir o vítreo (gelatina transparente dentro do olho), causando perda de visão. O tratamento, muitas vezes com laser, cauteriza as áreas afetadas, mas essas regiões perdem a capacidade de captar imagens, resultando em perda de visão irreversível. A prevenção, através do controle rigoroso do diabetes (dieta, exercícios, medicação), é a chave para evitar essa complicação. O mapeamento de retina é fundamental para detectar os primeiros sinais, complementando o exame de fundo de olho.

2. Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): Ameaça à Visão Central

A mácula é a área mais importante da retina, responsável pela visão central e detalhada. A DMRI é um desgaste natural dessa região, mais comum após os 50 anos, e sua chance aumenta com a idade. O Dr. Barros comparou-a ao cabelo ficando branco ou à pele enrugando. Existem dois tipos:

• DMRI Seca: a mais comum (cerca de 90% dos casos), de progressão lenta.

• DMRI Úmida (Exsudativa): mais agressiva, com crescimento de vasos anormais.

Sintomas incluem linhas retas que parecem tortas (detectáveis com a grade de Amsler). O diagnóstico precoce, através de mapeamento de retina e OCT (Tomografia de Coerência Óptica), permite o acompanhamento e o uso de vitaminas para retardar a progressão da doença. Em casos de DMRI úmida, tratamentos mais agressivos (como injeções intraoculares) podem ser necessários para preservar a visão central.

3. Glaucoma: O Ladrão Silencioso do Nervo Óptico

O glaucoma é uma doença crônica que ataca o nervo óptico, a estrutura que leva as imagens ao cérebro. O Dr. Barros enfatizou que o glaucoma é uma doença silenciosa: a pressão intraocular elevada, principal fator de risco, não causa dor ou sintomas perceptíveis. A perda de visão é periférica e gradual, sendo notada pelo paciente apenas em estágios avançados, quando a visão central já está comprometida.

O diagnóstico precoce é vital e envolve:

Medida da Pressão Intraocular: Exame de rotina.

• Avaliação do Nervo Óptico: o oftalmologista examina a estrutura do nervo.

• Campo Visual (Perimetria): mede a extensão da visão periférica para detectar perdas.

• OCT: avalia as fibras nervosas do nervo óptico.

O tratamento visa controlar a pressão para retardar a perda das fibras nervosas, que ocorre naturalmente, mas é acelerada no glaucoma. Inicia-se com colírios, podendo evoluir para laser ou cirurgia em casos mais complexos. O Dr. Barros tranquilizou que, com acompanhamento e tratamento, o paciente com glaucoma pode ter uma vida normal, embora em estágios avançados a direção de veículos possa ser comprometida.

4. Catarata: A Opacificação Reversível do Cristalino

A catarata é a opacificação do cristalino, a lente natural do olho. É uma condição natural do envelhecimento, que acelera após os 50 anos. O Dr. Barros brincou que, se existisse uma doença “boa”, a catarata seria uma delas, pois a cegueira que ela causa é reversível através de cirurgia. Ele alertou veementemente contra “chazinhos”, “pomadas milagrosas” ou “exercícios” que prometem tratar ou prevenir a catarata, ressaltando que o único tratamento eficaz é cirúrgico.

A cirurgia de catarata moderna é segura e eficaz. Consiste na remoção do cristalino opaco e na implantação de uma lente intraocular transparente. O Dr. Barros destacou os avanços tecnológicos das lentes intraoculares, que hoje podem corrigir não apenas a visão de longe, mas também a presbiopia (vista cansada), eliminando a necessidade de óculos para perto. Essa inovação permite que a cirurgia seja realizada mais cedo, não apenas quando a visão está muito comprometida, mas também para melhorar a qualidade de vida do paciente, retirando os óculos.

5. Presbiopia (Vista Cansada): O Desafio da Visão de Perto

A presbiopia é a perda natural do foco para a visão de perto, que geralmente começa por volta dos 40 anos. O Dr. Barros explicou as opções de correção:

• Óculos para Perto: a solução mais comum.

• Óculos Multifocais: corrigem a visão de longe e de perto. Embora exijam adaptação, são indicados para quem já usa óculos para longe. Para quem não tem grau para longe, pode ser mais difícil a adaptação.

• Lentes de Contato Multifocais ou Monovisão: opções para quem prefere não usar óculos.

• Cirurgia Refrativa: antes dos 40 anos, a correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo é feita na córnea. Após os 50/55 anos, a correção desses erros refracionais, juntamente com a presbiopia, pode ser feita através da troca do cristalino (cirurgia de catarata precoce), oferecendo uma solução completa.

6. Doenças da Superfície Ocular (Olho Seco): O Impacto das Telas

O Dr. Barros chamou a atenção para o aumento das queixas relacionadas à superfície ocular, como o olho seco, que se intensificaram com a pandemia e o uso massivo de telas (celulares, tablets, computadores). O uso prolongado de telas faz com que pisquemos menos, o que leva à evaporação da lágrima e ao desequilíbrio de sua composição (lágrima mais gordurosa). Isso causa cansaço ocular, desconforto e até terçóis. Fatores como o uso de máscaras (que aquecem a região ocular) e alterações anatômicas naturais do envelhecimento também contribuem.

A solução não é parar de usar as telas, mas sim cuidar da superfície ocular:

Colírios Lubrificantes: o Dr. Barros recomendou o uso frequente de lubrificantes de boa qualidade (mencionando marcas como Fresh Tears, Systane, Hyabak, Optive), alertando para evitar produtos como Moura Brasil, Lerin ou água boricada.

• Higiene Ocular: lavar as mãos, evitar coçar os olhos e, em casos mais severos, fazer higiene das pálpebras com shampoo neutro.

• Uso Consciente de Telas: evitar usar telas em ambientes muito escuros, pois isso cansa mais o olho.

Conclusão: Um Olhar Proativo para a Saúde Ocular na Terceira Idade

A live com o Dr. Rodrigo Barros foi uma verdadeira aula sobre a saúde ocular na maturidade. A mensagem central é clara: o envelhecimento traz consigo desafios para a visão, mas a maioria das doenças pode ser prevenida, diagnosticada precocemente e tratada com sucesso. A retinopatia diabética, a DMRI, o glaucoma e a catarata são condições que exigem vigilância constante e acompanhamento especializado.

A recomendação final é enfática: faça consultas anuais com um oftalmologista, especialmente após os 40/50 anos. Essa proatividade, aliada ao uso de ferramentas de apoio do dia a dia de cuidados de saúde como o aplicativo Goldies, garantem que a saúde da retina, do nervo óptico, do cristalino e da superfície ocular seja monitorada de perto. Não espere os sintomas se agravarem; invista na sua visão hoje para desfrutar de uma longevidade com clareza, autonomia e bem-estar. Seus olhos são um tesouro que merece cuidado contínuo.

Referências:

1. Dr. Rodrigo Barros (sócio médico da Goldies): https://www.instagram.com/drrodrigobarros_
2. App da Goldies: https://goldies.com.br
3. Blog da Goldies: Retinopatia Diabética: entenda mais sobre a doença – Goldies
4. Blog da Goldies: Controle do Diabetes na Terceira Idade: Peculiaridades e Cuidados – Goldies
5. Blog da Goldies: Degeneração Macular Relacionada À Idade (DMRI) – Goldies
6. Blog da Goldies: Glaucoma, conheça essa doença silenciosa. – Goldies
7. Blog da Goldies: Catarata: um guia rápido sobre a doença – Goldies
8. Fresh Tears (colírio): Produtos | AbbVie
9. Systane(colírio): Colírio Lubrificante Systane® COMPLETE | Systane Brasil
10. Hyaba (colírio): | Hyabak®
11. Optive (colírio): Produtos | AbbVie