Live Goldies: Fratura de Fêmur em Idosos

Introdução: O Desafio da Longevidade e a Saúde Óssea

A população mundial está envelhecendo a passos largos, uma conquista da medicina e da melhoria da qualidade de vida. No entanto, com a longevidade, surgem desafios de saúde específicos, e um dos mais preocupantes é a crescente incidência de fraturas de fêmur em idosos. Em uma live esclarecedora da Goldies Saúde Integrada, o Dr. Rodrigo Barros, sócio médico da Goldies, recebeu o renomado ortopedista e cirurgião do quadril, Dr. Carlos Eduardo Franklin, médico do Hospital Municipal Miguel Couto e da Policlínica de Botafogo, para discutir o que ele descreveu como uma verdadeira “epidemia” de fraturas de fêmur. Este artigo aprofundará os pontos cruciais abordados pelo especialista, explorando as causas, os impactos, os avanços no tratamento e, fundamentalmente, as estratégias de prevenção para garantir uma velhice mais segura e com qualidade de vida.

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A Epidemia Silenciosa: Por Que Tantas Fraturas de Fêmur?

O Dr. Carlos Eduardo Franklin iniciou a conversa alertando sobre o aumento alarmante das fraturas de fêmur, especialmente as de colo de fêmur, que são a principal ocorrência na sua especialidade. Ele explicou que essa “epidemia” está diretamente ligada ao envelhecimento populacional. A pirâmide etária brasileira, que antes tinha uma base larga de jovens e um ápice estreito de idosos, está se invertendo. As pessoas estão vivendo mais devido a uma maior conscientização sobre saúde, alimentação, atividade física e acesso a medicamentos.

O grande vilão por trás dessas fraturas é a osteoporose, uma doença óssea que, como o Dr. Franklin destacou, é “silenciosa”: “ela não dói, ela não te avisa que ela está presente, que ela está chegando”. Essa característica insidiosa faz com que muitos só descubram a fragilidade de seus ossos após a primeira fratura, tornando a prevenção e o diagnóstico precoce ainda mais críticos.

Osteoporose: A Fragilidade Óssea e Seus Fatores

A osteoporose é uma condição comum do envelhecimento, onde os ossos perdem densidade e se tornam mais porosos e frágeis. O Dr. Franklin explicou que esse processo é natural, mas é acelerado por fatores como:

• Alterações Hormonais: nas mulheres, a diminuição abrupta e progressiva do estrogênio após a menopausa é um fator determinante para o início da osteoporose, tornando-as mais acometidas que os homens.
• Desequilíbrio Celular: com a idade, há um desequilíbrio entre os osteoblastos (células que produzem osso) e os osteoclastos (células que reabsorvem osso), levando à perda de massa óssea.
• Perfil do Paciente: embora possa afetar qualquer um, o perfil mais comum de paciente com osteoporose é mulher, de pele branca e magra. Pacientes obesos, por exemplo, tendem a ter uma qualidade óssea um pouco maior devido à pressão do próprio peso corporal.

Diagnóstico e Prevenção da Osteoporose

Para diagnosticar a osteoporose, o Dr. Franklin enfatizou a necessidade de exames quantitativos, como a densitometria óssea, que mensura a perda de massa óssea, ao contrário da radiografia, que oferece apenas uma ideia qualitativa.

A prevenção é a palavra-chave. Desde a adolescência, é crucial adotar hábitos que protejam os ossos:

• Atividade Física: o osso precisa de estímulo e movimento para que as células ósseas se reproduzam.
• Dieta Rica em Cálcio e Vitamina D: essenciais para a saúde óssea e a fixação do cálcio. O Dr. Franklin mencionou a importância do “solzinho da manhã” para ativar a vitamina D na pele.
• Diagnóstico Precoce: especialmente para mulheres na menopausa, buscar um médico para exames regulares é fundamental.

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Fraturas de Fêmur: Onde e Como Ocorrem

As fraturas mais comuns em idosos, além das de fêmur, incluem as de punho e vértebra. No fêmur, as regiões mais acometidas pela osteoporose são as próximas ao quadril:

• Colo do Fêmur: logo abaixo da cabeça do fêmur.
• Região Transtrocanteriana: um pouco mais abaixo.

Ambas são consideradas fraturas proximais do fêmur. O Dr. Franklin destacou que essas fraturas são frequentemente provocadas por traumas banais em ambiente domiciliar, como quedas da própria altura (como o exemplo do avô do Dr. Barros, que caiu no último degrau de uma escada). A estatística é impressionante: mais de 100 mil fraturas de fêmur por ano no Brasil são causadas pela osteoporose, um número que o Dr. Franklin classificou como uma “verdadeira epidemia”. A prevalência aumenta exponencialmente com a idade, sendo muito maior em pacientes acima de 80 anos.

A Revolução no Tratamento: Próteses e Reabilitação Precoce

Antigamente, uma fratura de fêmur em idosos era vista como um evento que comprometia severamente a qualidade de vida. Hoje, a realidade é outra, graças aos avanços na cirurgia e nos materiais das próteses.

Cirurgia e Tipos de Próteses

O Dr. Franklin explicou que a cirurgia de fêmur, embora ainda seja considerada “grande”, tem um alto índice de satisfação. O grande salto de qualidade veio com o desenvolvimento de materiais mais duráveis, como titânio e cerâmica. Enquanto próteses antigas (metal com polietileno) duravam 10-15 anos, as de cerâmica podem durar até 30 anos. Isso mudou a abordagem: antes, evitava-se operar pacientes jovens para não condená-los a múltiplas cirurgias; hoje, a prótese é uma solução para todas as idades, inclusive para desgaste articular (artrose), não apenas fraturas.

Ele diferenciou os tipos de prótese de quadril:

• Prótese Parcial: apenas a cabeça do fêmur é substituída, ideal para idosos com boa qualidade óssea e sem desgaste da cartilagem da bacia.
• Prótese Total: substitui a cabeça do fêmur e a cavidade da bacia (acetábulo), indicada para pacientes mais jovens ou com desgaste articular, pois dura mais tempo. A escolha do tipo de prótese e o uso de cimento ósseo dependem da idade do paciente, da qualidade óssea e da presença de desgaste articular.

A Importância da Reabilitação Precoce

Um dos pontos mais enfatizados pelo Dr. Franklin foi a necessidade de mobilização precoce após a cirurgia. A ideia de que o paciente deve ficar acamado para “colar” o osso está “completamente fora de questão”. O objetivo é trazer o paciente de volta à sua funcionalidade pré-fratura o mais rápido possível.

• Tempo é Ouro: o resultado da cirurgia é diretamente proporcional ao tempo de intervenção. O ideal é operar em até 48 horas, considerando as comorbidades do paciente (diabetes, hipertensão, uso de anticoagulantes).
• Benefícios da Mobilização: pacientes são incentivados a sentar e andar com andador no corredor do hospital já nas primeiras 24-48 horas. Isso previne complicações graves do acamamento, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar, escaras de decúbito e pneumonia.
• Fisioterapia: uma reabilitação precoce e bem feita, muitas vezes com fisioterapia intensiva (que pode ser um desafio financeiro para alguns), faz toda a diferença no resultado final. O paciente deve entender que a cirurgia é a “parte do médico”, mas a recuperação depende muito do seu próprio esforço na reabilitação.

Prevenção de Quedas: Cuidados Essenciais no Dia a Dia

Para evitar a fratura de fêmur, a prevenção de quedas é o foco principal. O Dr. Franklin ofereceu dicas valiosas para idosos, filhos e cuidadores:

• Ambiente Domiciliar Seguro:
  • Remover tapetes soltos e obstáculos (fios, móveis baixos, brinquedos).
  • Manter a casa bem iluminada, especialmente à noite.
  • Deixar um copo d’água na cabeceira da cama para evitar que o idoso precise se levantar no escuro.
  • Considerar o uso de fraldas para idosos com incontinência, minimizando idas noturnas ao banheiro.
  • Adaptar banheiros com barras de apoio e assentos elevados no vaso sanitário.
• Mobilidade e Equilíbrio:
  • Levantar-se da cama lentamente, sentando um pouco antes de ficar em pé para evitar tonturas.
  • Não ter vergonha de usar bengalas ou andadores, pois são dispositivos de segurança. A confiança é mais importante que a vaidade.
  • Estar atento a problemas de visão, como catarata, que podem causar quedas por dificuldade de enxergar distâncias ou foco. O uso de óculos multifocais em idosos pode, em alguns casos, causar tontura e deve ser avaliado com o oftalmologista.
• Saúde Geral: manter um bom controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que podem afetar o equilíbrio e a visão.

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O Papel da Goldies na Gestão da Saúde do Idoso

A complexidade para apoiar no dia a dia de saúde de idosos, especialmente após uma fratura ou para prevenir quedas, exige organização e acompanhamento contínuo. É nesse cenário que o aplicativo Goldies  se torna um aliado fundamental. A plataforma oferece recursos que podem facilitar em muito o cuidado diário da saúde dos seniores:

• Centralização de Informações: permite guardar e compartilhar dados sobre medicamentos (incluindo lembretes para doses e compra), consultas (com ortopedistas, cardiologistas, oftalmologistas), exames (densitometria óssea, exames de sangue) e prontuários e receitas. Isso facilita a comunicação entre familiares, cuidadores e a equipe médica, garantindo que o histórico completo esteja acessível.
• Monitoramento de Indicadores: ajuda a acompanhar a evolução de parâmetros de saúde e identificar riscos.
• Lembretes e Alertas: essenciais para a melhorar a adesão ao tratamento proposto pelo médico, para não esquecer consultas e exames de rotina, que são vitais para a prevenção e o diagnóstico precoce, além de estimular a aproximação da família para apoiar no dia a dia da saúde do idoso.
• Pedido de Ajuda: ferramentas como o botão “Como estou me sentindo” e o botão SOS permitem que o idoso comunique seu estado ou uma emergência, acionando rapidamente a rede de apoio.

Ao simplificar a rotina de cuidados e centralizar informações, o app da Goldies empodera os idosos, seus familiares e cuidadores a agirem de forma proativa, contribuindo diretamente para a prevenção de saúde, incluindo quedas, e para uma reabilitação eficaz, caso a fratura ocorra.

Conclusão: Prevenção, Cuidado e Qualidade de Vida

A fratura de fêmur em idosos é uma condição séria, com alta taxa de mortalidade e morbidade se não tratada adequadamente. No entanto, como o Dr. Carlos Eduardo Franklin e o Dr. Rodrigo Barros enfatizaram na live, a prevenção é a chave. Adotar hábitos saudáveis, realizar exames de rotina para detectar a osteoporose precocemente e, crucialmente, adaptar o ambiente para evitar quedas são medidas que salvam vidas e garantem a qualidade de vida. Caso a fratura ocorra, os avanços cirúrgicos e a reabilitação precoce são capazes de devolver ao paciente sua funcionalidade e autonomia. Com o apoio de ferramentas como o aplicativo Goldies, o apoio do dia a dia de cuidados da saúde do idoso se torna mais eficiente e integrado, permitindo que a longevidade seja sinônimo de bem-estar e dignidade.

Referências:

1. App da Goldies: Goldies – Facilidade para ajudar na saúde de idosos
2. Dr. Rodrigo Barros (sócio médico da Goldies): Glaucoma • Catarata (@drrodrigobarros_) • Fotos e vídeos do Instagram
3. Dr. Carlos Eduardo Franklin (médico ortopedista): Carlos Eduardo Franklin (@carlosefranklin) • Fotos e vídeos do Instagram
4. Blog da Goldies: Problemas no Fêmur em Idosos: Causas, Sintomas e Tratamentos – Goldies
5. Blog da Goldies: O que é Osteoporose? Diagnóstico e Prevenção – Goldies
6. Blog da Goldies: Atividade física na Terceira idade: Nunca é tarde para começar – Goldies
7. Blog da Goldies: Tudo que você precisa saber sobre vitaminas para idosos – Goldies
8. E-book da Goldies: Doenças Femininas na Terceira Idade – Goldies
9. E-book da Goldies: Como Prevenir Osteoporose – Goldies
10. Blog da Goldies: Quedas na Terceira Idade: Estratégias para a prevenção – Goldies
11. Blog da Goldies: Controle do Diabetes na Terceira Idade: Peculiaridades e Cuidados – Goldies
12. Blog da Goldies: Sinais de pressão alta em adultos: Saiba tudo sobre o assunto – Goldies
13. E-book: Uma Casa Segura para Idosos – Ebook Lar Doce Lar – Goldies